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segunda-feira, 8 de março de 2010

Hipotecar a casa para pagar o cartão?

Ganha espaço no Brasil um tipo de crédito popular (e problemático) lá fora: os empréstimos pessoais com garantia imobiliária. Nos Estados Unidos, as hipotecas foram um ingrediente decisivo para a crise financeira - mas ninguém precisa perder o sono por aqui.
A crise financeira que varreu Wall Street deixou uma herança amarga para a maior economia do mundo. Um exército de americanos encontra-se hoje virtualmente falido - e, claro, irritadíssimo com o grupo de espertalhões responsáveis pela lambança. No ranking de vilania da combalida potência, merecem uma posição de destaque os executivos que enriqueceram vendendo hipotecas. No auge do boom imobiliário, milhões de cidadãos tomaram empréstimos pessoais a juros baixíssimos dando suas casas como garantia - um mercado que chegou a movimentar perto de 600 bilhões de dólares, ou quase meio PIB brasileiro. Geralmente, o valor do crédito era superior ao do próprio imóvel, numa ciranda que só se sustentava com a contínua valorização do preço das propriedades. Com a crise de 2008, a roda parou de girar, o sistema entrou em colapso e quem não conseguiu renegociar suas dívidas teve de entregar a casa. Por isso, pode surpreender a notícia de que uma modalidade muito semelhante de crédito esteja ganhando espaço no Brasil. Bancos como Bradesco, HSBC e Santander traçam planos para ampliar a oferta desse produto no país - e executivos de mercado estimam que esse segmento cresça a um ritmo duas vezes superior ao da carteira de crédito pessoal nos próximos dez anos.

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