Pesquisar este blog

segunda-feira, 15 de março de 2010

Emater-MG cria em Funilândia unidade de alimentos supervitaminados

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) está implantando uma unidade demonstrativa de alimentos biofortificados em Funilândia, na região Central de Minas. O projeto faz parte de programa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que envolve uma rede de parceiros no Brasil e no exterior. Os alimentos biofortificados têm maiores teores de ferro, zinco e betacaroteno e por isso ajudam a combater a anemia e a falta de vitamina A. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), essas carências nutricionais levam a problemas de visão e debilitação do organismo que afetam mais de dois milhões de pessoas em todo o mundo.

A unidade demonstrativa será montada no Centro de Referência da Assistência Social (Craf), espaço pertencente à Prefeitura de Funilândia. Os alimentos produzidos no local serão destinados à merenda escolar. “As escolas estão muito interessadas no projeto e a Secretaria Municipal de Educação está montando um cardápio especial”, conta a extensionista da Emater-MG, Sônia Maria Costa Azevedo.

As mudas dos alimentos biofortificados serão doadas pela Embrapa Milho e Sorgo, localizada em Sete Lagoas. Segundo a técnica da Emater-MG, a ideia é plantar batata doce, milho, mandioca e abóbora. Os produtos serão cultivados por 12 famílias de agricultores familiares e um grupo de cinco mulheres da Associação de Artesanato de Funilândia (Acaf). “A proposta é oferecer os alimentos biofortificados às escolas por meio de programas do governo federal como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e a nova lei da merenda escolar”, explica Sônia.

O PAA é executado por vários órgãos, entre eles a Emater-MG, Conab, Idene e municípios. O programa viabiliza a compra de alimentos da agricultura familiar para várias finalidades, entre elas a doação a instituições filantrópicas ou formação de estoque estratégico do Governo. Já a Lei 11.947, de 2009, assegura que 30% dos recursos da alimentação escolar deverão ser aplicados em produtos da agricultura familiar. “Os agricultores estão muito animados com o projeto e, até o segundo semestre, já devemos estar produzindo alimentos bioforticados”, comenta a extensionista da Emater-MG.

Biofortificação no país

O projeto de biofortificação de alimentos envolve dez unidades da Embrapa, universidades, centros de pesquisa e extensão rural, prefeituras, associações de produtores e organizações não-governamentais. A iniciativa conta ainda com o apoio dos programas Haverst Plus (uma rede de instituições de pesquisa que atua na América Latina, Ásia e Africa para melhorar a qualidade dos alimentos) e a AgroSalud (um consórcio de instituições com o mesmo foco da HavestPlus, mas com a atuação na América Latina e Caribe).

O desafio agora de pesquisadores e técnicos da extensão rural é conseguir a parceria de pequenos produtores para fazer com que as variedades enriquecidas cheguem às comunidades rurais, multiplicando a produção e a distribuição, e assim tornando os alimentos acessíveis às populações mais carentes. No Brasil, estão sendo desenvolvidas ações nos estados de Sergipe, Maranhão e Minas Gerais. O objetivo é atingir escolas públicas de regiões com pessoas que sofrem de alto grau de deficiência de ferro, zinco e vitamina A, em decorrência da má alimentação, e através de uma merenda fortificada, reverter o quadro de carência nutricional.
Inconfidência
Redeminas
Servas
Acordo de Resultados

Nenhum comentário:

Postar um comentário